Título: A Descoberta das Bruxas
Tradução de: A Discovery of Witches
Tradução de: A Discovery of Witches
Autora: Deborah Harkness
Editora:Rocco
Ano: 2011
A pesquisadora Diana Bishop passou a vida tentando negar a sua verdadeira identidade. Filha única de pais bruxos, ela se torna órfã aos sete anos e passa a rejeitar as suas habilidades mágicas, determinada a se parecer com os humanos. Ao descobrir um misterioso manuscrito escondido há séculos, Diana traz à tona um mundo sobrenatural com demônios, vampiros e bruxas. A partir daí, a aventura de Diana por 1.500 anos de história está apenas começando. (Divulgação)
Oi de novo, gente! Hoje vou falar sobre a minha leitura desse livro sobre magia para adultos. Eu esperava algo maduro no quesito magia, mas a verdade é que não tem nada novo sobre o assunto em "A Descoberta das Bruxas".
Me interessei pela história da personagem Diana Bishop por ela ser uma jovem americana que cursa pós-graduação em Oxford, na Inglaterra. Imaginei que seria bem diferente de bruxaria adolescente em escolas de ensino médio (não que eu tenha algo contra, muito pelo contrário). De fato, o começo do livro é interessantíssimo, com suas descrições da arquitetura e da vida que se leva dentro de uma Universidade do porte de Oxford. Junte a isso a especialização de Diana em História da Ciência e Alquimia e o livro estava ótimo, prometia ser diferente. Até Diana conhecer um cara, que, ironicamente, é um vampiro. E então estamos de volta ao clichê.
Uma das coisas que mais me incomodou nesse "clichê", é que como toda boa personagem principal, Diana clamava ser uma mulher independente e feminista, mas, assim que conhece Matthew, o vampiro, passa a ser uma constante donzela em perigo. E o romance dos dois chega a níveis insuportáveis de melação. Aí eu fiquei indignada. Num momento Diana era uma mulher madura, estudiosa, e também uma bruxa com potenciais segredos a serem revelados. De repente ela era uma bruxa perseguida e assustada que só fazia dormir, tomar chá e suspirar de amor. Sério, não estou inventando nada disso!
Uma das coisas que mais me incomodou nesse "clichê", é que como toda boa personagem principal, Diana clamava ser uma mulher independente e feminista, mas, assim que conhece Matthew, o vampiro, passa a ser uma constante donzela em perigo. E o romance dos dois chega a níveis insuportáveis de melação. Aí eu fiquei indignada. Num momento Diana era uma mulher madura, estudiosa, e também uma bruxa com potenciais segredos a serem revelados. De repente ela era uma bruxa perseguida e assustada que só fazia dormir, tomar chá e suspirar de amor. Sério, não estou inventando nada disso!
Esperei constantemente por novas explicações alquímicas para a magia, por Diana desenvolver seus poderes de bruxa e para saber mais sobre o tal livro misterioso com que Diana entra em contato, mas infelizmente, depois que começa a ser perseguida pelo Conselho das criaturas mágicas (bruxas, vampiros e demônios), Diana pula de uma cidade para outra agarrada ao vampiro "bonzinho" Matthew, que a chama por apelidos românticos e cafonas em francês o tempo todo. Me arrastei pela leitura até o fim do livro, que deixa margem para um segundo livro.
"A Descoberta das Bruxas" tinha tudo para ser um livro ótimo, mas a autora não soube desenvolver seu enredo. No final do livro tive a sensação de que tudo não passou de um acréscimo constante de personagens para que um segundo livro fosse escrito. Em alguns momentos a narrativa fica maçante e repetitiva, cheia de passagens desnecessárias que só fizeram encher linguiça. Fico pensando em tantos autores que dizem ter seus livros "enxugados" por seus editores, e vejo essa história que realmente deveria ser enxugada, mas não foi.
Dou 3 estrelas ao romance de estréia de Deborah Harkness, pela sacada inicial de falar sobre alquimia e pela pesquisa histórica, e nada mais.