segunda-feira, 30 de maio de 2011

"A Descoberta das Bruxas" de Deborah Harkness









Título: A Descoberta das Bruxas
Tradução de: A Discovery of Witches
Autora: Deborah Harkness
Editora:Rocco
Ano: 2011


      A pesquisadora Diana Bishop passou a vida tentando negar a sua verdadeira identidade. Filha única de pais bruxos, ela se torna órfã aos sete anos e passa a rejeitar as suas habilidades mágicas, determinada a se parecer com os humanos. Ao descobrir um misterioso manuscrito escondido há séculos, Diana traz à tona um mundo sobrenatural com demônios, vampiros e bruxas. A partir daí, a aventura de Diana por 1.500 anos de história está apenas começando. (Divulgação)



          Oi de novo, gente! Hoje vou falar sobre a minha leitura desse livro sobre magia para adultos. Eu esperava algo maduro no quesito magia, mas a verdade é que não tem nada novo sobre o assunto em "A Descoberta das Bruxas". 

              Me interessei pela história da personagem Diana Bishop por ela ser uma jovem americana que cursa pós-graduação em Oxford, na Inglaterra. Imaginei que seria bem diferente de bruxaria adolescente em escolas de ensino médio (não que eu tenha algo contra, muito pelo contrário). De fato, o começo do livro é interessantíssimo, com suas descrições da arquitetura e da vida que se leva dentro de uma Universidade do porte de Oxford. Junte a isso a especialização de Diana em História da Ciência e Alquimia e o livro estava ótimo, prometia ser diferente. Até Diana conhecer um cara, que, ironicamente, é um vampiro. E então estamos de volta ao clichê.

              Uma das coisas que mais me incomodou nesse "clichê", é que como toda boa personagem principal, Diana clamava ser uma mulher independente e feminista, mas, assim que conhece Matthew, o vampiro, passa a ser uma constante donzela em perigo. E o romance dos dois chega a níveis insuportáveis de melação. Aí eu fiquei indignada. Num momento Diana era uma mulher madura, estudiosa, e também uma bruxa com potenciais segredos a serem revelados. De repente ela era uma bruxa perseguida e assustada que só fazia dormir, tomar chá e suspirar de amor. Sério, não estou inventando nada disso!

              Esperei constantemente por novas explicações alquímicas para a magia, por Diana desenvolver seus poderes de bruxa e para saber mais sobre o tal livro misterioso com que Diana entra em contato, mas infelizmente, depois que começa a ser perseguida pelo Conselho das criaturas mágicas (bruxas, vampiros e demônios), Diana pula de uma cidade para outra agarrada ao vampiro "bonzinho" Matthew, que a chama por apelidos românticos e cafonas em francês o tempo todo. Me arrastei pela leitura até o fim do livro, que deixa margem para um segundo livro.

              "A Descoberta das Bruxas" tinha tudo para ser um livro ótimo, mas a autora não soube desenvolver seu enredo. No final do livro tive a sensação de que tudo não passou de um acréscimo constante de personagens para que um segundo livro fosse escrito. Em alguns momentos a narrativa fica maçante e repetitiva, cheia de passagens desnecessárias que só fizeram encher linguiça. Fico pensando em tantos autores que dizem ter seus livros "enxugados" por seus editores, e vejo essa história que realmente deveria ser enxugada, mas não foi.

           Dou 3 estrelas ao romance de estréia de Deborah Harkness, pela sacada inicial de falar sobre alquimia e pela pesquisa histórica, e nada mais. 



quarta-feira, 11 de maio de 2011

"Lonely Hearts Club" de Elizabeth Eulberg






Título: Lonely Hearts Club
Tradução de: The Lonely Hearts Club
Autora: Elizabeth Eulberg
Editora: Intrínseca
Ano: 2011
 
 
 
 
       Penny Lane Bloom cansou de tentar, cansou de ser magoada e decidiu: homens são o inimigo. Exceto os únicos quatro caras que nunca decepcionaram uma garota — John, Paul, George e Ringo. E foi justamente nos Beatles que ela encontrou uma resposta à altura de sua indignação: Penny é fundadora e única afiliada do lonely hearts club — o lugar certo para a mulher que não precisa de namorados idiotas para ser feliz. Lá, ela sempre estará em primeiro lugar, e eles não são nem um pouco bem-vindos. O clube, é claro, vira o centro das atenções na escola McKinley. Penny, ao que tudo indica, não é a única aluna farta de ver as amigas mudarem completamente (quase sempre, para pior) só para agradar aos namorados, e de constatar que eles, na verdade, não estão nem aí para elas. Agora, todas querem fazer parte do lonely hearts club, e Penny é idolatrada por dezenas de meninas que não querem enxergar um namorado nem a quilômetros de distância. Jamais. Seja quem for. Mas será realmente que nenhum carinha vale a pena?
 
 
 
 
           Pessoas queridas, como é bom se encantar por um YA que não seja da categoria fantasia, ainda mais quando tem tanta porcaria sendo escrita por aí ( e o que é pior, sendo publicada ).
           Que livro do sonhos é "Lonely Hearts Club"! É romântico sim, é fofo sim, mas nada piegas e cafona. Eu amei a Penny Lane e como ela se transformou no decorrer da estória. Acho que mais legal ainda é ter amado as personagens secundárias também. Os pais "beatlemaníacos" da Penny, o "Grande Idiota Tapado" Nate, as meninas do clube ( todas elas, e olha que eram muitas! ), principalmente a Diane e a Tracy; o Ryan, a Rita e por aí vai.

            Depois de falar dos personagens, resta dizer que a narrativa em primeira pessoa da Elizabeth Eulberg é muito boa. Com tantas histórias se fundindo e muitas reviravoltas, nada ficou perdido no caminho, na minha opinião pelo menos. E como as garotas vão se identificar com essa narrativa! Eu, que nem estou mais no ensino médio ( eufemismo perfeito para minha idade, hahaha ), me lembrei de como as coisas funcionavam se alguma amiga arrumasse um namorado. Até eu mesma. Era abandono de melhores amigas na certa! E como algumas garotas se esquecem de se arrumar para elas mesmas e se arrumam para agradar o namorado, perdem suas identidades... O Lonely Hearts Club, fundado por Penny, é mais do que um clube para meninas com o coração partido.

           Agora falando do Beatles ( yay Fernanda Reis, Mônica Bento e Mariana Azevedo! ). Eu não sou aquela fã, mas eu sempre digo que é porque eu não conheço muito dos Beatles, e, o que eu conheço até agora eu gosto muito. Entre os capítulos do livro tem várias citações de músicas com as quais o capítulo vai se identificar. Achei muito boa a escolha das músicas, afinal não dava para colocar todo o repertório dos Beatles no livro. E também tem vários momentos musicais em meio às reviravoltas na vida de Penny Lane e sua turma, rsrs. Não pude não lembrar de um momento fofo meu com o marido, que permitiu que o caso fosse contado, quando estávamos começando a namorar, num show da banda cover Hocus Pocus, na Universidade Federal de Viçosa, quando dançamos "While My Guitar Gentle Weeps" juntinhos. Awwwwwnnn.

           Então, CINCO estrelas brilhantes na calçada da fama para o livro "Lonely Hearts Club". Lindo, mágico, engraçado, romântico e tudo de bom.

               PS: Esqueci de contar que meus padrinhos e madrinhas de casamento entraram na igreja ao som de "With a Little Help from My Friends" !!!!

               Perdão pela post tão pessoal, gente! Fiquei emocionada com o livro :-\

               Beijo da Marcia