quarta-feira, 27 de abril de 2011

"Destino" de Ally Condie








Título: Destino
Tradução de: Matched
Autora: Ally Condie
Editora: Suma de Letras
Ano: 2011






          Em "Destino", primeiro livro de uma trilogia, a protagonista Cassia tem absoluta confiança nas escolhas que a Sociedade lhe reserva. Ter o futuro definido pelo sistema é um preço aparentemente pequeno a se pagar por uma vida tranquila e saudável e pela escolha do companheiro perfeito para formar uma família. Como a maioria das meninas, aos 17 anos, ela já está pronta para conhecer seu Par. Após o anúncio oficial, a menina sente-se mais segura do que nunca. Romântica, sonhava há anos com o momento do Banquete do Par, a cerimônia em que a Sociedade aponta aos jovens com quem irão casar. Quando surge numa tela o rosto de seu amigo mais querido, Xander - bonito, inteligente, atencioso, íntimo dela há tantos anos -, tudo parece bom demais para ser verdade.
       Na cerimônia, Cassia recebe um microcartão onde estão armazenadas todas as informações que precisa saber sobre seu futuro marido. Mas ao inseri-lo no terminal de sua casa, tem uma grande surpresa: a tela se apaga, volta a se acender por um instante, revelando um outro rosto, e se apaga de novo. É Ky Markham, um antigo vizinho, quem ela vê. Neste instante, o mundo de certezas absolutas que conhecia parece se desfazer debaixo de seus pés.
 
 
 
 
 
          Com tanta divulgação nas redes sociais, eu não sabia mais o que fazer de tanta ansiedade para colocar minhas mãos em "Destino"! Tendo lido o livro - fazendo muitas pausas, confesso - simbora falar o que achei. 

          No começo do livro a estória me prendeu bastante. Gostei da narrativa de Cassia, de sua honestidade e simplicidade. E tenho que admitir que ela fez um ótimo trabalho ao descrever seu melhor amigo, Xander. Ele é um garoto apaixonante. Sem entrar em detalhes sobre a aparência física do rapaz, somente através de diálogos, Xander vende seu peixe perfeitamente. Com isso, quero dizer que, como leitora, sentia o quão fofo e carinhoso, e amigo e gentil e tudo de bom Xander é. Talvez a autora devesse ter colocado mais defeitos em Xander, porque, quando o outro garoto, Ky, entra na vida de Cassia, por mais que ela descrevesse ele como lindo e misterioso, eu sempre torcia pelo Xander. 

           É compreensível que a protagonista sinta dúvidas quanto ao seu par independente de quem estivesse na jogada, uma vez que a Sociedade tira dos cidadãos qualquer direito de escolha. Eu conseguia entender o dilema de Cassia, mas mesmo assim  não consegui entender sua escolha. Acho que cada leitor vai se sentir diferente quanto a Xander e Ky. Isso faz do livro interessante ou não. 

           O que eu não gostei em "Destino", é que, depois de alguns capítulos a narrativa se arrastava. A personagem Cassia se arrastava. Não acho que todo mundo vá se sentir assim. Não posso esclarecer mais porque soltaria spoilers e não tenho essa intenção, por isso não vou dizer que o livro é ruim. Eu, Marcia, não gostei de alguns rumos que a narrativa tomou, mas tem gente que pode gostar.

           Terminei de ler o livro sem vontade de ler a continuação, "Crossed", embora algo me diga que reviravoltas poderão acontecer. Talvez quando "Crossed" for lançado no Brasil eu já esteja mais esperançosa quanto a Cassia e seus dilemas. Por enquanto deixo 3 estrelinhas e meia para "Destino", e afirmo até debaixo d'água : sou Team Xander ! ;-P

sexta-feira, 15 de abril de 2011

"Quando cai o raio" de Meg Cabot







Título: Quando cai o raio
Tradução de: When lightning strikes
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Ano: 2011




        Quando cai o raio, isso só pode significar problemas - como Jessica Mastriani descobre ao ser pega de surpresa com sua melhor amiga Ruth em uma tempestade. Não que Jess tentasse evitar confusões, pelo contrário. Afinal, ela sempre acaba envolvida em brigas com o time de futebol e presa na detenção por meses sem fim...
       Pelo menos isso tinha seus pontos positivos, como se sentar ao lado de Rob, o motoqueiro mais gato da escola!
      Mas dessa vez o problema é sério... Porque, de alguma maneira, ao voltar para casa sob aquela tempestade, Jessica se vê com um talento inédito. Um incrível poder que pode ser usado para o bem... ou para o mal.





       Muito bom estar de volta com resenha de livro da Meg! Depois de uma temporada lendo livros em inglês, devorei "Quando cai o raio" em dois dias, enquanto de férias aqui na deliciosa Diamantina-MG. 

      No primeiro volume da série "Desaparecidos", Meg Cabot nos traz o relato da adolescente Jess, que foi atingida por um raio e de repente começou a sonhar sobre o paradeiro de pessoas desaparecidas. 

      Com muito bom humor e desenvoltura, Jess narra os acontecimentos que seguiram à queda do raio. Enquanto descreve sua rotina de escola, confusões, horas na detenção, paixonite e relacionamento familiar, Jessica deixa transparecer seus sentimentos e conflitos interiores, e, o que era para ser um relato objetivo, destinado ao FBI, se transforma em um tipo de diário pessoal. 

       Sem querer entregar nenhuma surpresa da estória, vou falar sobre os pontos positivos e negativos do livro. Primeiro quanto à narrativa: em primeira pessoa, desde o início explicada como sendo um relato ou "declaração" de Jessica, que é uma ótima narradora, já que sempre entrega seus pensamentos e sentimentos mais íntimos, fazendo o leitor rir muito. Jess é espontânea e isso faz sua narrativa ser leve mesmo quando ela trata de assuntos sérios. Me apaixonei por mais essa protagonista criada pela Meg!

        Os demais personagens também contam como ponto positivo para o desenvolvimento da narrativa. Os irmãos de Jessica, seus pais, sua melhor amiga, o pessoal da detenção, a atendente do "disque-desaparecidos". Acho que a maneira como Jessica os introduz em seu relato faz com que gostemos mais de alguns e menos de outros. Com isso quero dizer que é a Jessica, com seu jeitinho, que faz todos parecerem importantes, não a autora do livro, se é que vocês me entendem. 

         Me parece que os únicos pontos negativos são que vou ter que esperar pela continuação da trama, e que, como o livro original foi lançado nos EUA em 2001, é uma sacanagem eu só ter descoberto essa série em 2011! Um ultraje! 

          Lá vai a Meg Cabot me levando todos os elogios e estrelinhas possíveis... de novo!