Título: Becky Bloom - Delírios de Consumo na 5ª Avenida
Tradução de: Shopaholic Abroad
Autora: Sophie Kinsella
Editora: Record
Ano: 2009
Becky Bloom está de volta. E com um cartão de crédito pronto para a ação. É assim que ela encara Nova york, para onde se muda para acompanhar Luke, seu namorado, que troca a Inglaterra por um emprego nos Estados Unidos. A meca mundial do consumo parece um jardim do éden para essa compradora compulsiva. Mas quando começam a chegar suas faturas de cartão de crédito, o paraíso acaba se transformando numa verdadeira sucursal do inferno na terra.
Então a volta de Becky Bloom não me agradou tanto assim. Tinha amado o primeiro livro da série, "Delírios de Consumo de Becky Bloom", e esperava que a continuação fosse pelo menos uma tentativa de engrenar uma série de sucesso. Entretanto, não sei se quero ler os outros livros da série.
Neste segundo livro, tive a impressão de que já tinha desvendado tudo sobre a Becky. De repente ela passou a ser uma personagem rasa. E, durante o desenrolar do livro, constatei que para mim, Becky Bloom não era mais interessante. Enquanto lia, sentia a completa previsibilidade da personagem. Já sabia o que ela ia fazer e o por quê. Estranho isso, porque eu adoro o estilo da Sophie Kinsella.
Quando se trata de livros em séries, pode-se imaginar a pressão sobre o autor para que escreva uma continuação para o primeiro grande sucesso, e, com certeza essa pressão tira muito da qualidade da obra final. Bom, mas isso é o que eu gostaria de pensar que aconteceu com a Sophie, não tenho idéia se foi isso mesmo ou se ela simplesmente perdeu a mão neste livro.
Para explicar um pouco mais da minha decepção com a obra, enfatizo o personagem Luke, que no primeiro livro era encantador, mas que perde todo o charme de uma hora pra outra nesta continuação. Em alguns momentos queria que a Becky simplesmente encontrasse uma nova paixão, porque com o Luke não tinha química mais.
Outro fato foi como os vexames engraçados de Becky Bloom passaram a situações incomodamente inverossímeis. Tipo, eu não conseguia me convencer de que nenhum ser-humano pudesse passar por aquelas situações. Simplesmente não convenceu. E tá aí uma das características mais importantes para um livro ser bom: o autor precisa te fazer acreditar até no inacreditável.
Sem me demorar mais nesse post, deixo 3 estrelinhas para o livro. Por quê? Porque quando falam de roupas eu sempre me interesso. E claro, minhas faturas de cartão de crédito se identificam com as da personagem principal. :-\